sábado, 4 de setembro de 2010

3ª Parte - Entrevista do Carvalho - Edição de 4 de Setembro de 2010 - Andrade



 

 

BC – Ele te surpreendeu muito ano passado? Quando ele chega no Flamengo, vêm de passagens medianas, por Atlético Mineiro, Santos Goiás, principalmente em comparação a quando jogou no Flamengo, Fluminense.

A: Não. Ele foi sempre um grande jogador, acima da média, só precisava de uma oportunidade. Sabia que já era um jogador com 36 anos, que em toda sua carreira não foi de grande dinâmica, era mais cerebral. E eu comecei a dar oportunidades pra ele. A princípio no banco, o colocava no segundo tempo, deixava jogar trinta minutos, trinta e cinco minutos. Contra o Goiás entrou no segundo tempo e mudou o jogo. Fui pondo ele devagar, aos poucos, e aí ele foi pegando ritmo de jogo. No jogo do Goiás mesmo, nós perdíamos de dois a zero no primeiro tempo, acabamos perdendo no final, mas ele mudou a história do jogo. Chegamos ao empate e devido a alguns erros de arbitragem nós não vencemos aquele jogo. E ele foi o nome do jogo. Ali eu vi que era o momento dele começar jogando, dele provar pra mim que tinha condições de começar jogando, e a partir de então ele manteve um nível bom, jogando o primeiro tempo, depois jogava também o início do segundo, e assim ele foi uma peça chave no brasileiro do ano passado. Era o meu braço direito em campo. Sabia quando tinha que pisar na bola, é um jogador que enxerga o que os outros não enxergam, o espaço vazio. É diferenciado.

BC – No início desse ano, quando as coisas não começaram saindo muito bem dentro de campo em termos de resultado, falou-se que o Pet poderia ter algum tipo problema de relacionamento com o elenco. Porém, quando o time foi campeão brasileiro não se falou disso, mas bastaram os resultados não virem que isso explodiu. Isso procedia ou foi mais uma desculpa que algumas pessoas arrumaram pra justificar?

A: Em 2009 poderia haver uma certa vaidade, mas enrustida. Depois do título, ela aflorou por parte de alguns jogadores. E isso realmente começou a prejudicar o grupo. A mídia se voltou ainda mais pra gente e a vaidade, o ciúme apareceram. Mas nada que não pudesse ser controlado, administrado.

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