domingo, 26 de setembro de 2010

Balanço da rodada 25



Ele voltou a brilhar


 Rodada de resultados condizentes com a capacidade de cada um dos cariocas.

O caótico Flamengo e o fraco Vasco perderam.

O esforçadíssimo e azarado Botafogo empatou no Engenhão, e o forte tricolor venceu fora de casa.

O superestimado Flamengo, que analistas de renome chegaram a colocar como em franca evolução após o empate com o Grêmio, é o retrato de seu comando. Perdido do goleiro ao roupeiro. O diretor de futebol que em dias alternados, declara seu amor pelo clube e no outro conta seus mais de trezentos mil reais mensais, é o responsável direto pela vergonhosa fase que o time passa. Demitiu Rogério, que ao menos armou uma boa defesa, e contratou Silas, que não só não melhorou o ataque mesmo com os reforços(???), como tornou o sistema defensivo capaz de tomar três gols em escanteios em apenas dois jogos. Num ato de covardia, sacou Juan aos trinta do primeiro tempo, com a possível desculpa dos dois gols terem saídos pelo lado esquerdo da defesa. Na realidade, escolheu o jogador que normalmente é o mais criticado pela torcida para servir de bode expiatório para mais uma atuação fraquíssima de seu time. Renato Abreu, chupa-sangue conhecido de velha data, xingou a torcida ao ser vaiado quando foi sacado. Periga assim, se tornar o próximo capitão do time, vide Léo Moura.
Ah, mas nem tudo são flores podres.
Diogo, o craque cujo grande destaque foi ter ido bem numa Segundona, driblou o primeiro adversário desde sua chegada. Aos 31:40 dos segundo tempo, tal feito foi alcançado sendo concluído inclusive com um chute a gol!
Boa Zicão! Olha o garoto aí queimando a minha língua!  

Já o Vasco, que trouxe Éder Luiz, Felipe e Zé Roberto para se juntar à Carlos Alberto, só conta mesmo com o primeiro. Dos outros três, Felipe, parece decadente fisicamente, Zé Roberto é o armandinho de sempre, quando está muito bem é razoável, como no fim do Brasileiro do ano passado, e Carlos Alberto que chegou a chorar ontem após o jogo devido a mais uma contusão, jogou apenas vinte dos cinquenta e quatro jogos do time no ano. Se todos tivessem se dado conta antes, que os inúmeros empates conseguidos eram semi-derrotas e não algo para se comemorar(principalmente talvez o treinador), possivelmente o clube estivesse melhor agora. Ou não, infelizmente.

O Botafogo merece um capítulo especial. Campeão carioca depois de um doloroso tri-vice, o time encarou o campeonato nacional sabendo que tal equipe, apenas passearia pelo certame. Exemplarmente, a diretoria se mexeu e trouxe dois excelentes jogadores acima da média geral do elenco alvinegro e também do futebol brasileiro.
Maicosuel e Jóbson transformaram o time botafoguense num postulante no mínimo à taça Libertadores.
Mas estamos falando do Botafogo, não nos esqueçamos, logo...
Na última quarta, quando enfrentava o Vasco no Engenhão, Maicosuel após uma bonita arrancada tenta chutar a gol e se contunde. Sozinho. Sai do jogo, do campeonato, do ano.
E o Botafogo, junto. Se com ele e Jóbson, o meu vizinho poderia sim sonhar com uma das vagas para o mais importante torneio das Américas, sem ele, a chance é Zero. Para colocar a última pá de cal por cima das esperanças, a Conmebol declara que só os três primeiros se habilitarão para o tal torneio.
Botafogo, primeiro classificado para a Sul-americana 2011.
Ah, quanto ao castigo no último minuto, nada poderia ser mais alvinegro, infelizmente.

Quanto ao novo velho líder, boas novas.
O excelente Conca(um belo exemplo de como é fácil se enganar na avaliação de jogadores, não é Carvalho?!) voltou a desequilibrar e garantiu a importantíssima vitória no Barradão. Para ajudar ainda mais e confirmar a volta do Flu como líder, uma ajudinha do campeão da Libertadores.
Vitória chorada do Inter sobre o Corínthians com direito até a milagre: 
Um pênalti a favor do Corínthians foi marcado. 
E pasmem, ele existiu.

Olho para a janela e me lembro: nenhum temporal cai à toa.

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