quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Balanço da rodada 26

Ele decide até quando joga mal


 Essa rodada deixou claro os três clubes que brigam realmente pelo título e muito provavelmente irão pra Libertadores: Fluminense, Corínthians e Cruzeiro.

O Botafogo como já havia adiantado aqui no blog, mesmo com todo esforço louvável que caracteriza o time, com a ausência definitiva de Maicosuel está fora da briga. Já o surpreendente Atlético Paranaense que merece muitos elogios, chegou à um limite na tabela.

Nos jogos de ontem, Barueri/Prudente fez 4 x 2 no Guarani.

O emergente Furacão conseguiu vitória importantíssima sobre o Vitória por 1 x 0.

Em Minas, com mais facilidade que o previsto, o Cruzeiro goleou o Atlético Goianiense por 3 x 0 poupando os ótimos Montillo e Thiago Ribeiro ainda no meio do segundo tempo.

Palmeiras e Inter fizeram jogo chato, atrapalhado pela chuva, e Marcos Assunção venceu por 2 x 0.

O Flu, que não jogou bem, mesmo aos trancos e barrancos conseguiu vitória fundamental na briga pelo título por 1 x 0 com gol do craque do campeonato Conca, que mesmo quando não joga bem, é decisivo. O Avaí foi bem melhor do que se esperava, e atrapalhou demais a vida do líder, jogando com personalidade e de forma objetiva.

O Grêmio fez 4 x 2 no fraco São Paulo, com direito a dois gols de André Lima, o que não é pouca coisa. O artilheiro Jonas fez mais um, mantendo a diferença de três para o vice Bruno César que também marcou.

Detalhe para o quarto gol do time gaúcho, com aquela assistência que só o melhor cobrador de faltas do Brasil sabe dar.

Em Fortaleza, Ceará e Galo não foram além de como começaram no placar.

E o grande jogo que prometia acontecer no Pacaembu, não frustrou quem apostou nele.
Corínthians e Botafogo jogaram de igual pra igual até o momento em que Joel Santana não conseguiu lutar mais contra seu "eu interior" e tirou o esforçado atacante Herrera para colocar o meia comum Renato Cajá e atrair de forma definitiva o adversário para cima de si.
Destaques para o golaço do excelente Bruno César, para a transmissão dos integrantes do "bando de loucos" Luiz Roberto, Júnior e Whright, e para os gols perdidos por Somália e Caio no fim do jogo que acabaram por deixar, quem diria, após o empate um gosto amargo de derrota nos Botafoguenses.

Com relação aos prognósticos, no fim da rodada 4 d 10. Queda acentuada em relação a rodada anterior em que o aproveitamento foi de 70%.

E amanhã, já tem mais brasileirão com Vasco e Goiás em São Januário.

Para os viciados em bola, não podia ter notícia melhor.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Flamengo - URGENTE

Atualizado às 13:36 de quinta-feira 30 de Setembro de 2010.

Após as declarações imbecis que deu, como prêmio Silas conseguiu mais um jogo para afundar o Flamengo.
Parece que Zico precisa limpar os ouvidos. 

Silas, técnico ideal há pouco mais de um mês, pode ser demitido nesta quinta e já falaram inclusive com o possível próximo treinador, Vanderlei Luxemburgo, que até semana passada afundava o Galo para o limbo da classificação.
E imaginar que Zico deu entrevistas pra lá de desaforadas contra seus últimos clubes, à época das respectivas demissões, pois fora mandado embora no meio das temporadas.
Pobre Flamengo... 

26ª Rodada - O que vai dar? - continuação

Fogão e Timão: o grande jogo da noite

Daqui a pouco às sete e meia, começa a parte final da 26ª rodada do campeonato brasileiro.

Num Prudentão lotado, Grêmio qualquer coisa enfrenta o Guarani.
O dono da casa que nos últimos dez jogos perdeu oito e empatou dois, pega o Bugre que sabe-se lá como é o décimo primeiro lugar do campeonato. Se fosse o Íbis no lugar do Guarani, eu apontaria o Íbis. Dá o verde e branco de Campinas.

O ótimo e surpreendente Atlético Paranaense recebe o desequilibrado Vitória. Com os dois completos(Egídio é dúvida no Vitória), só uma zebraça tira a vitória do Furacão que pode até terminar a rodada em quarto.

Cruzeiro e Atlético Goianiense fazem o jogo que deve ter o maior número de jogadores distribuídos pelos times do Cartola FC nesta rodada. Todos eles é claro, do Azul de Minas. Mas esse é o jogo perfeito pra dar uma zebra, pois ninguém aposta no time de Goiás e o Cruzeiro em casa é muito forte. Não custa lembrar porém, que há uma semana o Cruzeiro ficou no zero a zero com o Ceará até os 38 do segundo tempo.
Mesmo assim, haja zebra, dá Cruzeiro.

Palmeiras X Inter: taí um bom jogo na teoria. Mas na prática, acho que pode decepcionar. O Palestra tem um time pseudo forte, com vários jogadores superestimados, principalmente pela imprensa. Venceu um Flamengo que dá pena. Já o Inter, embora campeão continental, tem várias ausências. Em função desses desfalques, empate.

O líder Fluminense e o esquisito Avaí fazem mais um jogo, assim como o do Cruzeiro, que tem as forças mais disparatadas entre si. O Flu parece melhorar, com o craque do time Conca subindo de produção novamente. O Avaí, que vinha numa fase terrível, após demitir Antônio Lopes meteu cinco no Ceará na última rodada. Acho mais fácil ser fraqueza do Ceará que muito mérito do time de Guga. Fluzão na cabeça.

Os tricolores Grêmio e São Paulo fazem um jogo imprevisível em Porto Alegre. O Grêmio que sobe com Renato, empatou com o atual medonho Flamengo há duas rodadas. O tricolor de São Paulo conseguiu a proeza de levar três do Goiás no Morumbi! Por jogar em casa e ter o artilheiro do campeonato Jonas em fase exuberante, dá Grêmio.

O Botafogo e o vice líder Corínthians devem fazer o melhor jogo da rodada.
Primeiro porque o Corínthians tem um dos melhores times do campeonato e também porque o time carioca é um dos visitantes mais chatos com cinco vitórias fora de casa. Mas o mais provável, até pelos desfalques alvinegros, é que dê Timão.

Ceará e Galo: se houvesse um aparelho que medisse desespero, ele explodiria hoje em Fortaleza. Se um está na zona do rebaixamento com pinta de que se apaixonou por ela, o outro cada vez mais confirma as teses que diziam que, apesar do ótimo início acabaria, por lá também. Pela tradição, mas só por isso realmente, Galo.

Balanço da rodada - 2ª da primeira fase - Liga dos Campeões

 
 
Ontem acompanhei Ajax e Milan pela Liga dos Campeões.

O jogo foi um 1x1 meio chato em Amsterdã, e portanto vou falar mais do time do Milan, que segue desequilibrado com alguns poucos bons jogadores em ótima forma como Thiago Silva alternados aos já característicos velhinhos que Berlusconi e Galliani teimam em manter e contratar.

O goleiro, é o nada confiável Abiatti de 33 anos.

Na defesa há ainda o outrora excelente Nesta, que tomou um drible humilhante do uruguaio Suarez no gol holandês, o fraco Antonini de 28, e Zambrotta de 33. Convenhamos que no futebol atual, ter um lateral com 33 anos não é aconselhável, ainda mais se independente disso, ele já não jogar um futebol razoável há muitos anos.
No meio, o folclórico Gattuso e suas botinadas, o "armadinho" Seedorf que a cada temporada dá'1" grande assistência, faz "1" golaço e no resto dela, o que se viu ontem, nada acima da média.
Há ainda o insosso Flamini, que sequer foi chamado para disputar a Copa pela fraca seleção Francesa, e Pirlo, mais um trintão que vai na toada do parceiro de meio campo Seedorf, um golaço de falta por temporada, e assim vai.

No ataque, alguns destaques especiais.

Ronaldinho Gaúcho, ex-gênio e atual síndico da ponta esquerda, que muitos crentes ainda levam a sério e chegam ao grau máximo do delírio ao pedi-lo na seleção, conseguiu ser barrado por Robinho.
Ser barrado por Robinho atualmente deve ser motivo de ligações incessantes para o "Disque Vida".
O ex-santista é um dos mais emblemáticos exemplos de como um ótimo jogador com enorme potencial pode, devido à arrogância e à falta de seriedade profissional, jogar uma carreira no lixo.
O camisa 70(!) do Milan - aliás, detesto essas camisas à la NBA, mas isso é para outro post - perdeu um gol na cara do goleiro, abriu mão de uma arrancada pra simular uma falta que corretamente não foi marcada, e levou um cartão amarelo após finalizar depois do juiz assinalar impedimento. Enfim, isso é Robinho há alguns anos, e só os dirigentes do Milan que adoram ex-jogadores como Ronaldinho Gaúcho para acreditarem no ex-atleta do City.

Houve ainda de relevante pelo mesmo grupo, Auxerre e Real Madrid com vitória do time espanhol por 1x0 com gol do ótimo Di Maria(ou De Maria, como prefere Galvão Bueno).
O argentino aliás que iniciou o jogo juntamente om Ozil no banco de reservas. Se fosse outro treinador, diria que começa mal sua trajetória colocando dois jogadores desse nível como suplentes, mas como é o marrento, porém competente português, e quem está lá vendo o momento e a adaptação de cada um deles é ele, dou um voto de confiança.

Hoje de atraente, há Internazionale de Phillippe Coutinho contra Werder Bremen em Milão, e o Manchester United pegando o Valencia na Espanha, sem Rooney.

É isso, mais tarde tem post sobre os oito jogos restantes da 26ª rodada do Brasileirão.

Té mais.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Balanço da rodada 26 - Parcial

Assisti o do jogo Flamengo e trechos do jogo do Vasco.

O Vasco pelo que vi, apesar de suas limitações, teve garra e seus jogadores pareciam entender claramente que empate em "pontos corridos" é uma derrota disfarçada.
Jumar em especial, designado por PC para vigiar Neymar, fez boa partida, se antecipando e acertando a bola na maioria das vezes, mas acabou expulso numa falta que embora não tenha sido violenta, era merecedora de mais um cartão amarelo, já que o volante já tinha tomado um anteriormente.
Éder Luis, que se firma cada vez mais como a única contratação que deu certo na Colina, fez um bonito gol aos 47 que serviu para confirmar a vitória, dando ainda mais alegria à torcida e moral para o time.
No fim do jogo, uma cena bonita que pareceu honesta: elenco e comissão técnica comemoraram juntos no gramado a importante vitória.

Já no Serra Dourada, jogo ruim, muito ruim mesmo. Mas ingênuo foi quem esperava algo diferente no confronto entre o 16º e o 18º colocados.
O retrospecto do treinador trazido por Zico há algumas semanas é vexatório. Uma vitória em nove jogos.
Treinador que cometeu hoje aliás, um crime contra as tradições de qualquer time grande: escalou quatro volantes de início.
Exatamente isso. O técnico do atual campeão brasileiro escala o time contra o 18º colocado com quatro volantes, tendo sacado o péssimo, porém atacante Diogo para a entrada de Maldonado.
Marquinhos, cuja contratação mereceu muito empenho da diretoria, pelo jeito é mais um reforço(?) que não agrada ao treinador. Não teve uma chance sequer até agora e ficou mais uma vez no banco hoje, sendo que dessa vez, vendo volantes tentando desempenhar a função para a qual foi contratado.
É importante lembrar que o Goiás jogou com dez, por mais de meia hora no segundo tempo.
E o Flamengo, não produziu uma chance de gol sequer.
No fim, de forma desesperada, Silas colocou Val Baiano ao lado do péssimo Diogo e do inoperante Deivid no ataque, este último aliás, que acabou num acaso fazendo o gol de empate.
Nas entrevistas após o jogo, Silas demonstrou que já sente sua batata pra lá de torrada.
Disse primeiramente que colocou Val Baiano por não ter um atacante de referência no campo. Deivid e Zico que o trouxe por uma fortuna, devem estar muito satisfeitos com tal afirmação.
Depois, ao ouvir a torcida gritar "Burro", disse que não se incomodava, por achar que as críticas não poderiam ser para ele, pois ele não fazia gols contra.
Ah, pra terminar se é que precisa, o futuro ex-técnico rubro-negro disse também que o time fez uma grande partida.
Os torcedores rubro-negros mais conscientes devem estar a essa hora rezando para que o sempre "democrático" diretor de futebol, se comova mais uma vez com a opinião da torcida, como aconteceu à época da demissão de Rogério, e demita o caótico treinador.


Amanhã, post especial sobre a rodada de ontem e a de hoje da Liga dos Campeões.

26ª Rodada - O que vai dar?

Logo mais às 9, Goiás e Fla, e Vasco e Santos abrem a 26ª rodada do Brasileiro.

Goiás X Flamengo: no Serra Dourada, o Goiás que com Jorginho reage, pega o Flamengo que está mal, muito mal, tanto na tabela quanto internamente. Raciocínio previsível, mas procedente: se o clube carioca ganhar hoje, ficará a imagem de que o inaceitável episódio de ontem, terá surtido efeito. Se perder, por uma questão de lógica, caberá aos mesmo torcedores invadirem novamente a Gávea mas dessa vez de forma mais incisiva pra ver se resolve. Detalhe, se o Fla empatar ou perder, veste a camisa do Cruzeiro amanhã para não passar as eleições na zona, não eleitoral, mas de rebaixamento mesmo. Detalhe: há um ano, num mesmo Goiás x Flamengo no segundo turno no Serra Dourada, Petkovic ressurgia das cinzas vindo do banco de reservas para levar o Fla à reação no jogo, e ao título do campeonato. Hoje ele também estará no banco. Mas as coincidências param por aí. Dá Goiás.


Vasco X Santos: Jogo que o Vasco precisa vencer. O problema é que nos jogos anteriores em São Januário contra times bem mais fracos, o time não conseguiu o objetivo. O clube não vence há seis jogos, e a impaciência da torcida, justamente aliás, já começa a acontecer. O Santos do presidente Neymar, matematicamente ainda briga pelo título, pois se tivesse vencido o jogo a menos que tem, estaria neste momento a sete pontos do líder. Porém na prática, acho quase impossível chegar lá. Sem Ganso, Wesley, André, Robinho e Dorival Jr. e já com a vaga pra Libertadores assegurada, tem tudo para fazer um fim de ano burocrático. Sem provocação alguma à torcida do Vasco, acho que dá empate.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Curtas e Grossas - 27 de Setembro

Adivinhe quem trocou de função?
Zico permitiu a entrada de torcedores para tomarem satisfação com treinador e elenco, mas na hora H, fugiu.
Retrospectiva rápida:
- Contratações: Corrêa, Leandro Amaral, Borja, Val Baiano, Diogo, Deivid, Jean, Renato Abreu.
Dos oito, nenhum vingou. Dos quais cinco são atacantes, mas mesmo assim apenas um gol foi marcado.
- Demitiu um técnico de forma covarde, afirmando ser por pressão da torcida.
- Contratou um pior ainda, que além de não melhorar o ataque, destruiu a boa defesa.
- Hipocritamente, tem por hábito dizer que pela família não estaria no Flamengo.
Por trezentos mil reais talvez, né?
- Volta e meia reforça seu "amor" pelo Flamengo, numa atitude populista e canastrona.
Como diria Agamenon, apesar de tudo isso, ele tem alguns defeitos.


 Que semana...

Dorival Jr. fez a inacreditável escolha de ir treinar o time mais patético do campeonato.
Arrisca sua bela reputação recente acumulada pelas passagens por Vasco e Santos num clube pessimamente dirigido e que conta com um elenco inundado de jogadores sem ambição na carreira, e em fase descendente.
Pode até se salvar, mas a não ser que esteja ganhando muito, mas muito mais do que recebia, cometeu um engano indesculpável para um técnico de seu quilate.


 Futebol arte é outra coisa!

 O futebol é um esporte curioso. Mas, ainda mais curiosos são os critérios utilizados pelos árbitros num determinado tipo de falta.
No sábado, Zé Eduardo atacante do Santos, tinha a posse bola e de forma imprudente tocou o rosto do adversário que o marcava. O marcador como se tivesse sido sodomizado, caiu rolando pelo chão.
Resultado, o juiz expulsa o jogador do Santos por agressão.
Na estréia da Libertadores deste ano no Maracanã, Juan foi expulso pela mesma razão.
Quantas vezes você já não viu um jogador ser tocado na barriga e cair com as mãos segurando a cabeça como se a mesma fosse se soltar do tronco?
Tornou-se praxe, o juiz em situações assim, expulsar o teoricamente agressor, e vitimizar o ator que nas horas vagas tem como hobby jogar futebol.
A atitude correta evidentemente seria dar eventualmente o amarelo para o jogador que tocou o adversário, e o vermelho pela tentativa patética de enganar o árbitro.
Principalmente porque de alguns anos pra cá, a retrógrada FIFA resolver punir os jogadores que simulam pênaltis.


"Marcelinho" Forever

Por falar em coisas patéticas, nada mais idiota, estúpido e sem sentido, que um jogador pedir para ser chamado por outro nome que não pelo que sempre foi conhecido.
É o caso de Marcelinho do São Paulo. Muitos casos como esse já ocorreram, como o de Perivaldo, lateral que jogou no Botafogo na década de noventa, e que assim era chamado por se parecer com o jogador que atuou no mesmo clube anos antes.
Mas o pior, não é o jogador pedir isso, e ainda por cima apenas quando fica famoso.
O pior, é a imprensa aceitar e abaixar a cabeça para essa palhaçada, sem um pingo de personalidade, ironia, bom humor e postura crítica.
No jogo do São Paulo contra o Goiás no último sábado pelo Brasileiro, o narrador chamou o atleta de Marcelinho, durante e após uma jogada do rapaz. 
Não se passaram cinco segundos para o mesmo nitidamente seguindo ordens de um provinciano ponto, "corrigir" o que havia dito.
É o jornalismo almofadinha, com cheirinho de produto feito para a "família brasileira", que assola cada vez mais o jornalismo esportivo (em especial o televisivo) e que me dá ânsia de vômito, rodada após rodada.

Resultados de enquetes


Hoje, segunda-feira, você sabe, é dia de F5 aqui no "Opinião".

Vamos começar portanto, com os resultados das enquetes finalizadas.

Enquete do dia 5 de Setembro, sobre "Andrade":

75% o julgaram injustiçado, 15% que ele nem devia ter entrado, e 5% acharam que ele foi demitido justamente, com a mesma porcentagem o achando ingênuo.

Enquete do dia 12 de Setembro, sobre "quais cariocas irão para a Libertadores":

62% acreditam que Fluminense e Botafogo se classificarão.
11% que apenas o Flu, outros 11% que só o Bota, e outros 11% que Flu, Bota e Vasco se classificarão.
5%, acharam que nenhum se classificará.

Enquete do dia 19 de Setembro, que perguntou "quem é o melhor jogador do campeonato":

49% escolheu Montillo, o argentino do Cruzeiro.
23% Conca, o argentino do Flu.
16% Bruno César, o clone do argentino Tevez.
E 12%, achou que era outro jogador.

A sobre Dorival e Neymar, a mais desequilibrada até o momento, termina manhã.

E a atual é sobre Zico, vá lá, vote!

Até daqui a pouco.

domingo, 26 de setembro de 2010

Balanço da rodada 25



Ele voltou a brilhar


 Rodada de resultados condizentes com a capacidade de cada um dos cariocas.

O caótico Flamengo e o fraco Vasco perderam.

O esforçadíssimo e azarado Botafogo empatou no Engenhão, e o forte tricolor venceu fora de casa.

O superestimado Flamengo, que analistas de renome chegaram a colocar como em franca evolução após o empate com o Grêmio, é o retrato de seu comando. Perdido do goleiro ao roupeiro. O diretor de futebol que em dias alternados, declara seu amor pelo clube e no outro conta seus mais de trezentos mil reais mensais, é o responsável direto pela vergonhosa fase que o time passa. Demitiu Rogério, que ao menos armou uma boa defesa, e contratou Silas, que não só não melhorou o ataque mesmo com os reforços(???), como tornou o sistema defensivo capaz de tomar três gols em escanteios em apenas dois jogos. Num ato de covardia, sacou Juan aos trinta do primeiro tempo, com a possível desculpa dos dois gols terem saídos pelo lado esquerdo da defesa. Na realidade, escolheu o jogador que normalmente é o mais criticado pela torcida para servir de bode expiatório para mais uma atuação fraquíssima de seu time. Renato Abreu, chupa-sangue conhecido de velha data, xingou a torcida ao ser vaiado quando foi sacado. Periga assim, se tornar o próximo capitão do time, vide Léo Moura.
Ah, mas nem tudo são flores podres.
Diogo, o craque cujo grande destaque foi ter ido bem numa Segundona, driblou o primeiro adversário desde sua chegada. Aos 31:40 dos segundo tempo, tal feito foi alcançado sendo concluído inclusive com um chute a gol!
Boa Zicão! Olha o garoto aí queimando a minha língua!  

Já o Vasco, que trouxe Éder Luiz, Felipe e Zé Roberto para se juntar à Carlos Alberto, só conta mesmo com o primeiro. Dos outros três, Felipe, parece decadente fisicamente, Zé Roberto é o armandinho de sempre, quando está muito bem é razoável, como no fim do Brasileiro do ano passado, e Carlos Alberto que chegou a chorar ontem após o jogo devido a mais uma contusão, jogou apenas vinte dos cinquenta e quatro jogos do time no ano. Se todos tivessem se dado conta antes, que os inúmeros empates conseguidos eram semi-derrotas e não algo para se comemorar(principalmente talvez o treinador), possivelmente o clube estivesse melhor agora. Ou não, infelizmente.

O Botafogo merece um capítulo especial. Campeão carioca depois de um doloroso tri-vice, o time encarou o campeonato nacional sabendo que tal equipe, apenas passearia pelo certame. Exemplarmente, a diretoria se mexeu e trouxe dois excelentes jogadores acima da média geral do elenco alvinegro e também do futebol brasileiro.
Maicosuel e Jóbson transformaram o time botafoguense num postulante no mínimo à taça Libertadores.
Mas estamos falando do Botafogo, não nos esqueçamos, logo...
Na última quarta, quando enfrentava o Vasco no Engenhão, Maicosuel após uma bonita arrancada tenta chutar a gol e se contunde. Sozinho. Sai do jogo, do campeonato, do ano.
E o Botafogo, junto. Se com ele e Jóbson, o meu vizinho poderia sim sonhar com uma das vagas para o mais importante torneio das Américas, sem ele, a chance é Zero. Para colocar a última pá de cal por cima das esperanças, a Conmebol declara que só os três primeiros se habilitarão para o tal torneio.
Botafogo, primeiro classificado para a Sul-americana 2011.
Ah, quanto ao castigo no último minuto, nada poderia ser mais alvinegro, infelizmente.

Quanto ao novo velho líder, boas novas.
O excelente Conca(um belo exemplo de como é fácil se enganar na avaliação de jogadores, não é Carvalho?!) voltou a desequilibrar e garantiu a importantíssima vitória no Barradão. Para ajudar ainda mais e confirmar a volta do Flu como líder, uma ajudinha do campeão da Libertadores.
Vitória chorada do Inter sobre o Corínthians com direito até a milagre: 
Um pênalti a favor do Corínthians foi marcado. 
E pasmem, ele existiu.

Olho para a janela e me lembro: nenhum temporal cai à toa.

sábado, 25 de setembro de 2010

Entrevista do Carvalho - Edição de 25 de Setembro de 2010 - EDMUNDO



Postada abaixo a 1ª, 2ª e 3ª partes da entrevista exclusiva que Edmundo concedeu na última sexta ao "Opinião do Carvalho".
A ordem está de cima pra baixo: 3ª parte, 1ª parte e 2ª parte, pois esta última preferi colocar em cima para quem já viu as outras, visualizar mais facilmente.
Comente, concorde, discorde, critique.
O animal tá na área.











 



URGENTE!

17:43 - Dorival acaba de acertar com o Galo.

AVISO

Faço esse post porque sei que muitas pessoas estão entrando no "Opinião" hoje pra ver a entrevista com Edmundo.
Devido à inexperiência em postar vídeos, ocorreu este atraso imenso na postagem da entrevista.
Pra quem voltou ontem da Barra desesperado sem saber se a gravação tinha sido feita ou não, isso é pinto.
Promessa é dívida, em pouco tempo, definitivamente a entrevista será postada.
Enquanto isso, uma previazinha de duas partes bem interessantes da entrevista já estão no youtube.
Até daqui a pouco.





http://www.youtube.com/watch?v=Kwj7GosihD4

http://www.youtube.com/watch?v=SDiG3sw3K8A
Em instantes, a 1ª parte da entrevista exclusiva com Edmundo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Entrevista do Carvalho - Prévia da Edição de 25 de Setembro de 2010

Em algumas horas, a íntegra da entrevista exclusiva com Edmundo realizada hoje com o eterno ídolo vascaíno.

Ah, em vídeo.

Não perca!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

24ª Rodada - O que vai dar? - continuação



Conca e Deco podem desfalcar o Fluminense

 

Daqui a pouco, mais dois jogos.


Fluminense x Atlético Mineiro: Jogo fundamental para o Flu. Se não vencer, perde a segunda posição e fica a quatro ou cinco pontos do líder com um jogo a mais. Conca e Deco são dúvidas. O Galo, bom, o Galo é o caos ambulante. Mas o Fluminense não vem bem, e pode jogar hoje com até seis desfalques. Pela lógica, Flu.


Vitória x Avaí: Duelo dos "sem técnico". Vitória se vencer ganha cinco posições. Avaí vive uma fase terrível, demitiu o treinador há três dias, mandou Sávio, a principal e equivocada contratação embora e está à uma posição do abismo. Vitória.

Cartola FC no Opinião do Carvalho


 

 




A partir de amanhã, o blog vai opinar também sobre o Cartola FC.
Pra quem ainda não sabe, finalmente o fantasy game implantou algo interessante: você agora pode saber a pontuação parcial de seu time.

Não perca, agora antes de toda rodada, comentários e dicas pra você fazer seu time no Cartola FC.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

24ª Rodada - Balanço parcial



 
El Loco ontem: Ensandecido

Bom jogo no Engenhão.

Vasco sempre mais seguro em campo, mais objetivo, e Botafogo pelo segundo jogo seguido, sofrendo com contusões e tendo que fazer em função delas, duas substituições ainda no primeiro tempo.
Se Ramon e Éder Luiz fizeram boa partida, o Vasco pagou pelo comodismo e pela covardia no segundo tempo quando tinha tudo pra ganhar e até com boa vantagem de gols, ainda mais depois que Herrera foi expulso.

O Botafogo sem Jóbson perde 30% do seu poderio ofensivo. Passa a depender do limitadíssimo Herrera que entrou apenas porque Maicosuel se contundiu, ou de Loco Abreu que viveu uma das noites mais esquizofrênicas de sua carreira ontem(em breve, tópico sobre El Loco).

No fim, embora a torcida alvinegra tenha ficado com uma discreta alegria, o empate foi, como sempre é nos pontos corridos, ruim para os dois.  


O Flamengo segue na mesma toada. Evolução lenta e microscópica.
A defesa, com o gol de Jonas ontem, atingiu a marca de três gols sofridos em escanteios em apenas dois jogos.

Os torcedores devem estar arrependidos de terem pedido a cabeça de Rogério Lourenço. Com ele, a defesa era infinitamente mais segura, e ataque por ataque, mesmo com os reforços avalizados pelo olho clínico de Zico, com Silas nada melhorou. 

O incrível Diogo segue sem conseguir passar por um marcador. Não ganha uma jogada, é desarmado em todas, eu disse todas as vezes que tenta passar pelo adversário.
Deivid, jogador experiente, provavelmente zelando pelo bom relacionamento com o companheiro, para não constrangê-lo marcou apenas um gol em seis partidas.

É isso.

Boa sorte ao Flu hoje à noite, depois de mais uma vitória do Corínthians com gol irregular.


Ps: Resultado dos prognósticos: 5 acertos em 8. 
Há piores...

"Quero ser grande"

Bom filme, um dos primeiros do (para alguns) bom ator Tom Hanks.
Mas mudando radicalmente de assunto, dêem uma olhada numa das novas camisas que o São Paulo lançou na última segunda.




Froid explica.

24ª Rodada - O que vai dar?

Daqui a pouquinho, 24ª rodada.


E como nada se cria (e estou aqui pra dar a cara a tapa mesmo), vão aí meus palpites:


Grêmio alguma coisa x Palmeiras: Se o Palmeiras não ganhar desse time, não ganha de mais ninguém.


São Paulo x Guarani: Os dois estão muito irregulares, mas o São Paulo além de jogar em casa, é o São Paulo.


Goiás x Atlético Goianiense: Os dois são muito ruins. As campanhas são quase idênticas. Empate no clássico da capital corna do Brasil.


Cruzeiro x Ceará: Barbada da rodada. Um dos melhores times do campeonato e que tem o craque do certame segundo os leitores do blog, ainda joga em casa. O Ceará que muitos apontavam como um dos quatro rebaixados após a saída de P.C. Gusmão, vem se segurando na pontuação. Mas como disse, é barbada, Cruzeiro na cabeça.


Vasco x Botafogo: Mando de campo do Vasco, mas jogo no estádio do Botafogo. Entendeu? Nem eu. Ia apostar no empate, mas como acabo de ler que o Carlos Alberto disse hoje que se a vaga na Libertadores não vier ele ficará decepcionado, aposto no Bota.


Santos x Corínthians: O líder joga completo. O dono da casa, sem ordem, sem vergonha e sem técnico. Corínthians.


Grêmio x Flamengo: O Flamengo vem dando mostras bem tímidas de evolução. O Grêmio tem o artilheiro do campeonato e joga em casa. Apesar do Renato e da avalanche gay, dá(?) Grêmio.


Atlético Paranaense x Internacional: O Furacão tem uma das melhores campanhas após a Copa ao lado do Cruzeiro. O Inter é o melhor time do continente. Empate num jogo que deve ser muito bom.




IMPORTANTE: Como o Inter foi campeão da Libertadores e por isso se classificou para a próxima edição, o G4 vira G3 e só os três primeiros colocados do Brasileirão jogarão o torneio.
Ou seja, ano que vem se um brasileiro estiver jogando a final da Libertadores, mande o patriotismo pra casa do Naralho e o seque até  desidratar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

(Agora mais do que nunca)Parabéns Dorival

Atualização da nota(2):

22:25 - DORIVAL JR. NÃO É MAIS TÉCNICO DO SANTOS
Já o Neymar, "talvez" jogue...

E o São Paulo agradece.

Só falta a vinhetinha do saudoso Zarife: "BRASIL!"



 
Notícia deste instante.
Dorival não cede às pressões e confirma Neymar fora do clássico de amanhã na Vila Belmiro.
Acertou em cheio.
Ou seja, vai tomar porrada de tudo que é lado...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ode à escrotidão

  

 



Talvez por ter ojeriza às características a seguir, eu seja suspeito pra avaliar o caso Neymar.

Não tenho um pingo de respeito com pessoas que levam a vida com marra, arrogância, presunção e afins. Portanto se você que está lendo, tem alguma simpatia pelo garoto, te aconselho a visitar o blog do Juca Kfouri que algumas horas atrás no "Linha de Passe", disse que não era bem assim, que não queria passar a mão na cabeça do pobre(?)garoto, mas foi mais um a fazê-lo.

E soltando barbaridades travestidas de argumentos, como quando disse que sabe o que é ter um filho de dezoito anos, citando o seu, comparando o mesmo com o Neymar.

Exatamente, comparando um filho de burguês com um de possíveis semi-analfabetos. Mas não parou por aí, disse que Dorival Jr., o cândido treinador do Santos que já teve que aturar jogador com menos de um ano de carreira se recusando a ser substituído, (e pior, sendo aplaudido por 99% da mídia, em especial, oh surpresa, a paulista), estava querendo ser maior que o Santos, em relação a vontade do técnico de afastar o atleta por quinze dias.

O mesmo Juca, que como boa parte dos comentaristas, diz que na Europa o jogador senta no banco e é punido sem reclamar, e que aqui devia ser igual.

Curioso, quando alguém quer repetir a prática, os tais comentaristas dizem que o punido será o clube.
Deixa eu ver se entendi então, a disciplina deve ser usada no futebol, de acordo com o elenco que se possui? Se o jogador for um desfalque insubstituível, aí a teoria que rege a disciplina muda também, é isso?

Paulo Vinícius Coelho foi o único a se mostrar discordante, dizendo entre outras coisas, que ele, na idade do atacante santista, era um homem de dezoito anos, e não um adolescente de dezoito anos.

Engraçada a condescendência com o errado incontestável, que acabamos por encontrar nos baluartes da moralidade esportiva. Engraçada e esclarecedora.

Esclarece por exemplo caro amigo leitor, que o programa que você abre mão de assistir no canal 39 às segundas à noite, não tem como você imaginava, opiniões tão mais babacas assim que as do concorrente do 70.

Video post - 23ª rodada do Brasileirão

Última Parte - Entrevista do Carvalho - Edição de 18 de Setembro de 2010 - Carlos Alberto Torres



 "Treinador da seleção tinha que morar na Europa!"

 





OC – Na última Copa, o Brasil não contou com dois jogadores excepcionais que se estivessem em pela forma física, ajudariam muito a equipe. O que causa em sua opinião, esse desvio de rota na carreira desses jogadores que já conseguiram muita coisa, mas possivelmente até por isso, relaxam e tem um declínio na carreira?

CAT: O esquema do futebol, no aspecto de grana mesmo, se tornou muito violento.  O jogador tem que estar muito bem preparado. De repente o cara passa de dez mil reais pra um milhão. Pra nós que somos mais velhos, já é difícil, imagina pra um garoto de dezoito anos ainda mais com a cultura, e mentalidade que nós temos. Pro europeu nem tanto, eles têm outra cultura. Os nossos jogadores vêm de classes mais baixas, é incomparável. Eu se tivesse um filho hoje que eu visse que daria jogador, eu já procuraria cercar de todos os cuidados, com psicólogo por exemplo. O garoto ontem tava vindo de ônibus pro treino, e hoje ganha uma casa pro dia, o impacto é enorme. Mesmo assim, eu era a favor da ida do Adriano e do Ronaldinho para a Copa. Aliás, também a ida dos dois garotos do Santos. O Ronaldinho porque era a hora dele arrebentar. Ele ia esquecer da vida, e ia se preparar pra arrebentar na Copa. O Adriano a simples presença dele impõe respeito a qualquer cara. É grande, muito forte. Digo isso como jogador, eu quando ia marcar um cara grande e forte, eu dizia: “Ih, hoje vai ser f...”.  Já em relação aos garotos, não era o Brasil, o mundo pedia. Eu ia lá pra fora fazer palestras e todo mundo já falava deles. A não ida de todos eles foi fundamental pro Brasil perder a Copa. Não tinha time. E a própria conduta de confronto do Dunga. Eu via que não ia dar certo. Não acredito que esta seleção tenha tido todo o preparo necessário. E pra mim, o Dunga nem podia ser o técnico da seleção. E o Ricardo Teixeira não pode ser o cara que manda na CBF. Ele como administrador, não tem ninguém igual. Agora futebol é diferente. Mais importante que escolher o técnico neste momento, era escolher o homem forte do futebol. E dar um descanso pra seleção. Se houvesse esse diretor, aquela ocasião vergonhosa da CBF receber um “Não” não teria acontecido. Aquilo não existe. Mas já havia essa preocupação de botar a seleção pra jogar, não sei por quê. Em 66, depois do fracasso, que eu participei, a seleção ficou quase um ano sem jogar. Jogar pra quê, todo mundo metendo o pau na seleção. E outra, o técnico tinha que morar na Europa, os jogadores moram lá, os amistosos são lá. Foi muita coisa errada, o Dunga batendo boca com jornalista, ele tinha que falar do time, quem tinha que estar lá nessa hora pra falar do resto, era o diretor.

OC – O que você, com a personalidade forte que sempre teve, mas que jamais foi chamado de marrento ou arrogante, acha desses acontecimentos com o Neymar? Você agora há pouco falou da mudança repentina que ocorre na vida de um jogador que surge meteoricamente, mas, além disso, o que pode provocar esse tipo de reação?

CAT: Na minha carreira de treinador eu já tive um caso desses. Em 1997, eu treinava o Botafogo e o craque do time era o Bentinho. Num jogo contra o Santos na Vila, quarenta do segundo tempo, a gente ganhando por três a um, eu tiro o Bentinho que foi o craque do jogo. Ele sai que nem o Pet saiu outro dia. Fiquei p... né. Quando eu chego ao vestiário, o Bentinho não estava lá. O Montenegro me disse que ele tava no ônibus. Eu falei pra chamarem ele. Quando ele volta, eu reúno todos os jogadores e digo: “Olha, nome por nome, eu tenho muito mais que você. O que você fez hoje, se fizer de novo, tá f...  e pode ir arrumar um time porque comigo você não joga nunca mais. E tem mais, segunda-feira, na hora do treino eu vou chamar a imprensa e você vai pedir desculpas.? Pô, treinador não pode ter medo de jogador. Eu fui capitão do Pelé, já xinguei muito ele, qualquer jogador que eu tiver que xingar eu xingo. Lá fora eles não fazem isso, respeitam. E também lá fora os treinadores não fazem esse teatro que fazem aqui à beira do campo. Não adianta nada, jogador não ouve, e mais, se durante toda a semana você não conseguiu passar o que você queria, não vai ser agora ali que vai passar. O pior é que se você não for, a torcida, todo mundo vai te criticar.

OC – Você á a favor da concentração?

CAT: Em 1983 no dia em que eu cheguei de Nova York para assumir o Flamengo eu acabei com a concentração. Eu disse para os casados chegarem ao meio dia de Domingo na concentração e os solteiros falei pra irem jantar na concentração e depois podiam ir pra casa. Domingo às onze se apresentariam. Resultado: Campeão Brasileiro. Tenho certeza que isso foi fundamental, eu ganhei o grupo com isso. Depois em 2001, quando eu tirei o Flamengo do rebaixamento, faltando três jogos, o timepô, não foi nada de técnico, tática. Ia mudar em um dia o que estava errado há seis meses? Nem treinei sábado! São com atitude assim que você muda um ambiente.

OC – Como treinador então, o que é mais importante, a parte tática, ou motivacional?

CAT: Acho que os dois. Uma coisa muito importante no futebol de hoje é a posse da bola. Trabalho muito isso. Enquanto você tem a bola, impede o adversário de criar problemas pra você. O melhor exemplo disso hoje é a seleção da Espanha. O treinamento não precisa ser longo, se for, chega uma hora que o jogador fica de saco cheio. O Saldanha dava treino de vinte minutos na seleção. Aprendi com o Telê, todo dia coletivo. É com coletivo que o time se entrosa.

OC – Qual treinador mais te marcou?

CAT: O que mais me marcou, mas que eu não tenho o alcance dele era o Tim. Ele era f... Mudava o comportamento de um time. Mal comparando, era um Lula, convence todo mundo. Fui campeão carioca com ele. Ele dizia: “Se nós fizermos isso, a gente ganha”. A gente ia lá, fazia e ganhava. Taticamente era genial.

domingo, 19 de setembro de 2010

Segunda intensa!

Hoje é dia de dar F5 direto aqui no "Opinião"!
Além da enquete aqui do lado sobre quem é o melhor do campeonato até aqui, teremos o resultado da enquete anterior, a continuação da entrevista do sempre polêmico Capita, um vídeo post com o balanço da rodada, análise da entrevista da Patrícia e o caso Neymar!
E não esqueça, quer ser avisado sobre os posts por feed ou e-mail? Se inscreve aqui do lado.

Quer sugerir um tema pra gente debater no blog? Lá no fim da página, você pode fazer isso.

Quer criticar ou elogiar? Comente à vontade.

Repito esse espaço é tão meu quanto seu.

Até daqui a pouco.

sábado, 18 de setembro de 2010

2ª Parte - Entrevista do Carvalho - Edição de 18 de Setembro de 2010 - Carlos Alberto Torres



"Beckenbauer já me pediu pra eu sondar um clube no Brasil pra fazer um convênio com o Bayern Munique"

 




CAT: Consegui também por ter contato com a empresa, o primeiro patrocinador de camisa para o Fluminense na semi-final de 1984, a Kodak. Apesar de tudo isso, nunca mais me chamaram pra trabalhar como coordenador. Tenho um conhecimento enorme lá fora. Digo que o futebol brasileiro é muito bom até chegar ao aeroporto, pois não conhecem ninguém. O Beckenbauer é como se fosse meu irmão. Mourinho é meu amigo pra car... O Wenger do Arsenal outro dia me ligou pedindo um jogador. Um representante dele virá nos próximos dias ao Rio pra levar um jogador jovem pra lá. Já teve presidente de clube me pedindo para eu colocá-lo na mesa com o Beckenbauer. Eu falei que pedisse pro diretor de futebol dele fazer isso. Se ele quer que eu faça isso, me contrate! E olha, vou te dizer uma coisa, o Beckenbauer já me pediu pra eu sondar um clube no Brasil pra fazer um convênio com o Bayern Munique. E eu vou oferecer isso pra alguém aqui? Vou querer me queimar?

OC – Você ainda tem vontade de trabalhar?

CAT: Eu tenho vontade pô! Eu quero trabalhar! Eu só não tenho convite pra trabalhar.

OC – Você sabe o por quê?

CAT: Eu acho que é por não ter um grande empresário trabalhando comigo. Se for pra trabalhar com qualquer empresário, tem um monte que me liga. Eu teria que ter, como a maioria tem, um empresário que fica em cima, trabalhando o nome do cara. O cara sai hoje, amanhã está em outro clube. Como é que pode isso? E eu também não quero ter. Você trabalhando com esses caras fica sujeito a ter que aceitar os jogadores dos caras pra jogar contigo. Agora, se alguém lembrar que eu existo, eu vou, todo mundo tem meu telefone.

OC – Como você avalia essa situação do Andrade, campeão brasileiro, desempregado, e curiosamente, também sem empresário?

CAT: Acho que é o esquema. Hoje o cara pra se dar bem, qualquer um, o Muricy não é um grande treinador, todo mundo não fala dele? Tem empresário, é o filho do Rivelino. Não tem nenhum treinador que queira realmente trabalhar que não tenha um bom empresário por trás. O esquema hoje é esse. Eu acho até que eu é que estou errado, tinha que ter um assessor de imprensa. Ninguém pode fugir disso. Tem grande jogador que não tem empresário? Nenhum. Se não tiver um esquema profissional montado, tá f... O Andrade tinha que armar um esquema em torno dele. Um empresário, um jornalista legal e dizer: “Olha, não posso te dar muito agora, mas quando eu tiver trabalhando aí melhora.” Um assessor de imprensa pra botar o nome dele na mídia, entendeu?

OC – O Gérson já disse algumas vezes que em sua carreira já entrou em campo, se reuniu com os companheiros e disse: “Olha, tudo que ele(treinador) falou lá fora esquece. Vamos fazer assim e assado.” Você já presenciou isso como jogador?

CAT: Não, não é esquecer, eu não concordo com isso. A posição do treinador tem que ser respeitada. Muitos, até a maioria, dão liberdade para o jogador dialogar com ele. Em 70 nós tínhamos liberdade com o Zagallo. Nunca vi isso não, nem como jogador nem como treinador.

Entrevista do Carvalho - Edição de 18 de Setembro de 2010 - Carlos Alberto Torres

 
Capitão da maior seleção da história. Campeão do mundo como jogador. Campeão brasileiro como treinador. Maior lateral direito de todos os tempos.
Esse é o "pequeno" currículo do convidado da Entrevista do Carvalho deste sábado.



"Romerito podia ter sido o substituto do Maradona!"



Opinião do Carvalho – Bellini, Mauro, Dunga, Cafú e você. Todos tiveram o mesmo prazer de levantar a taça de campeão de uma Copa do mundo, mas você que ficou conhecido eternamente como Capita. Por quê?

Carlos Alberto Torres: Acho que marcou tanto por causa da seleção que eu capitaneei. Naquele time haviam vários jogadores que tinham todas as condições de serem escolhidos capitão, mas eu já trouxe a braçadeira do Santos, que era o grande time do mundo. Ainda jovem, com 22 anos eu passei a ser o capitão do Santos. Nunca ninguém veio me dizer se foi isso, mas acredito que isso tenha sido uma vantagem para me escolherem. O Aymoré Moreira em 1968 me escolheu, o Saldanha em 1969 me manteve e o Zagallo em 70 também. Fiquei como capitão até o dia em que fui embora pro Cosmos. Não tinha problema em xingar o Pelé, por exemplo. Olha, 95% das pessoas não me chamam pelo nome, é Capitão ou Capita, no mundo inteiro.  E quando trabalho como treinador, eu digo que podem me chamar de Carlos Alberto, ou Capitão. Mas proíbo que me tratem como “professor”. O que eu tenho mais que eles é experiência. O respeito não vem com tratamentos como “Excelência”, “Senhor”. Não chamo o Eduardo (Paes) de prefeito, ou o Serginho (Sérgio Cabral) de governador, conheço ele e o pai há muito tempo.

OC – Carlos Alberto, é muito comum haver debates em que se perguntam se craques do passado, em especial grandes atacantes, teriam o mesmo sucesso hoje. Você, o maior lateral direito de todos os tempos, no que diz respeito à marcação, seria muito mais fácil hoje?

CAT: Sim, não existem mais pontas. Antes havia jogadores habilidosos, dribladores, velozes. Eu era um caso raro, atacava, mas tinha que me preocupar em voltar pra marcar. Hoje não, o cara vai mas volta tranqüilo, respirando porque um dos volantes ou um dos três zagueiros ta cobrindo ele. É a melhor posição pra se jogar hoje. Não tem quase ninguém por ali, você sai daquele bolo do meio, o cara com habilidade faz o nome. Um exemplo é o Leonardo Moura.

OC – Desde que você parou até hoje, com qual jogador você mais se identificou na sua posição?

CAT: (Seco) Leandro. Tive o prazer de trabalhar com ele como treinador em 83 no Flamengo. Mexia muito com ele. Eu dizia: “O que eu fazia tu não faz!”, brincando com ele. Aí quando ele fazia uma grande jogada, era a vez dele dizer que eu não fazia aquilo, (risos). Ele fez muita falta em 1986, era um jogador excepcional, até hoje não vi nenhum jogador com a habilidade dele. Maicon, Daniel Alves, são grandes laterais, mas sem a habilidade do Leandro. Qualquer posição que você o colocasse ele era bom.
OC – Com relação àquele Flamengo de 1983, você já sabia da saída do Zico durante o campeonato?

CAT: Fiquei sabendo na última semana, antes do (segundo) jogo contra o Santos. O presidente que me falou, o Dunshee (Antônio Carlos Dunshee de Abranches), “Pô Carlos Alberto, to com o Zico vendido”.  Só lembro que eu falei pra ele: “Então você tem que se preocupar em comprar dois! Porque o Zico arma e faz.” Lembro que na época eu sugeri os nomes de dois jogadores que estavam começando: Careca e Renato que chamavam de Pé Murcho. Cheguei a conversar com os dois, mas já estavam acertados com o São Paulo. Na hora de contratar, tem ser certeiro, não adianta contratar muitos. 

OC - No Fluminense em 1984, na campanha do título brasileiro você era o coordenador, como foi?

CAT: É em 1984 eu trabalhei no Fluminense como coordenador do futebol. No dia seguinte à eleição do Manoel Schwartz, ele me liga. Achei que fosse pra ser treinador, mas eles haviam acabado de ser campeões cariocas. Na minha cabeça não me passava fazer outra coisa que treinar. Ele me disse: “Carlos Alberto, eu quero que você seja o cara do futebol pra mim” Eu aceitei mas fiz algumas exigências. Falei pra ele que tinha que acabar com esse negócio de chamar o Fluminense de timinho, ganhando ou perdendo. Ele me perguntou como. E eu disse: “Vou trazer um puta jogador pra balançar o Fluminense!”. E ele me perguntou quem. E eu disse: “O senhor tem que me dar pelo menos um dia pra pensar né!” Bom, pensei em vários nomes, Sócrates, Júnior, mas não são os caras que eu quero. De repente me deu um estalo: Romerito! Ele estava no Cosmos, e eu tinha acabado de chegar de lá um ano antes. Eu sabia que as coisas estavam meio estremecidas por lá. Pedi ao presidente uma passagem e disse: “Vou à Nova York buscar um jogador do Cosmos pra cá!”. Liguei pro presidente do Cosmos que era meu amigo, Rafael de La Sierra, um cubano, executivo da Warner e disse que estava indo lá.
Cheguei lá e disse a ele, “Rafael, quero levar o RomeritoCorínthians e bota o Fluminense. ”Além dele, jogariam Barcelona, Cosmos e Udinese. Eu falei: ”Já imaginou o Fluminense vindo aqui com Romerito? Vai encher o estádio!” E assim foi. Três jogos nesse torneio, mais três amistosos pelos Estados Unidos e arrumamos o resto. E fomos campeões brasileiros e o Romerito foi o melhor jogador. Um tempo depois, ao final do campeonato brasileiro, fomos jogar o torneio de Nova York. O Barcelona tinha acabado de vender o Maradona ao Napoli e ofereceu uma puta grana pelo Romerito, mas o Schwartz não quis vender. Eu disse pra ele vender, que eu arrumava outro, eram uns cinco milhões, muito dinheiro mesmo.

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